Há algum tempo a Black Friday deixou de ser apenas sobre descontos agressivos. Hoje, é a maior batalha de atenção digital no varejo. Antes mesmo de o consumidor decidir o que vai comprar, já há uma guerra silenciosa acontecendo: a disputa por quem aparece primeiro quando ele digita uma marca ou produto no Google.
E essa guerra, cada vez mais, envolve práticas que desafiam a ética e colocam em risco investimentos milionários em mídia. É a concorrência desleal.
Um case real: o duelo entre Casas Bahia x Magalu
Em uma jogada estratégica, as duas gigantes do varejo brasileiro perceberam que poderiam comprar palavras-chave relacionadas ao nome da concorrente em plataformas de publicidade online.
O Magalu, ao investir em termos como “Casas Bahia”, aparecia em primeiro lugar nos resultados de busca — capturando a atenção de consumidores que, inicialmente, buscavam a concorrência. O mesmo ocorreu no sentido inverso: as Casas Bahia passaram a comprar palavras associadas ao Magalu.
O objetivo era claro: desviar tráfego qualificado e atrair potenciais clientes no último instante da jornada digital.
Acusações e respostas
Naturalmente, nenhuma das duas marcas gostou de ver sua clientela sendo abordada dessa forma. As acusações de concorrência desleal surgiram rapidamente. Ambas alegaram que a prática confundia o consumidor e comprometia sua visibilidade.
Em defesa, as empresas justificaram que se tratava de uma prática comum no mercado digital — e que, do ponto de vista legal, não havia violação direta. Ainda assim, o caso trouxe o tema para o centro do debate público, revelando ao consumidor final como funcionam os bastidores da publicidade online.
Impacto no mercado e no consumidor
O episódio gerou discussões acaloradas sobre ética e marketing, além de evidenciar o poder das estratégias digitais na disputa por atenção.
Para o consumidor, o impacto foi imediato: uma enxurrada de anúncios misturava as marcas, tornando a decisão mais confusa. Para o mercado, a lição foi clara: palavras-chave viraram armas estratégicas — e, em datas de alto volume como a Black Friday, podem determinar quem conquista ou perde clientes no último clique.
Por que isso importa ainda mais na Black Friday
A Black Friday é o momento em que os picos de busca explodem. Termos de marca ganham protagonismo: em vez de pesquisar “smartphone barato”, o consumidor já busca “Samsung”, “iPhone”, “Casas Bahia” ou “Magalu”.
E é exatamente aí que a disputa fica mais cara e perigosa.
- CPC inflacionado: concorrentes disputando o mesmo termo fazem o custo por clique disparar.
- Último metro da jornada: o cliente já está pronto para decidir — e basta um anúncio bem posicionado para ele mudar de rota.
- Confusão do consumidor: nem sempre fica claro de quem é o anúncio, o que pode afetar a confiança.
Na Black Friday, cada clique importa. E cada desvio pesa mais no resultado final. Saiba mais aqui sobre tráfego inválido.
O risco estratégico
Muitos gestores ainda enxergam essa disputa apenas como uma briga de CPC. Mas o impacto vai além:
- Tráfego qualificado desviado: você investe para construir marca e reputação, mas o concorrente captura esse esforço no último instante.
- Decisões contaminadas: métricas infladas por cliques não intencionais levam a conclusões erradas sobre ROI e performance.
- Experiência do consumidor: quem é direcionado a um site “errado” pode abandonar a compra — e associar a frustração à sua marca.
Em datas de alta intensidade como a Black Friday, esses fatores se multiplicam.
O novo cenário em 2025
O jogo ficou ainda mais complexo.
- Retail Media: além do Google, agora as batalhas se estendem para dentro dos marketplaces e redes de varejo, como Magalu Ads, Mercado Ads e Casas Bahia Ads. O cliente que procura um produto dentro dessas plataformas também pode ser interceptado pelo concorrente.
- IA nos lances: algoritmos de inteligência artificial estão automatizando disputas em tempo real, tornando a briga mais rápida — e mais cara.
- Regulação ainda incerta: no Brasil, não há regras claras sobre até que ponto é permitido comprar a marca do concorrente. Isso deixa espaço para abusos.
Ou seja: a guerra de cliques da Black Friday não acontece apenas na busca aberta. Ela se espalhou para novos muros digitais, com novas armas.
Como proteger sua marca
Ninguém está imune. Mas é possível se defender:
- Monitoramento em tempo real: saber quem está comprando suas palavras-chave e interceptando seu tráfego.
- Identificação de práticas antiéticas: registrar evidências de anúncios enganosos ou fraudulentos.
- Auditoria independente: não depender apenas dos relatórios da plataforma para avaliar custos e conversões.
- Estratégias de defesa de marca: investir em brand bidding estruturado, combinando campanhas próprias com monitoramento constante.
- Blindagem contra cliques inválidos: detectar e bloquear tráfego suspeito ou malicioso que infla seus custos.
A proteção não é só técnica. É estratégica.
Conclusão: a Black Friday é uma guerra de atenção
No imaginário do consumidor, a Black Friday é sobre preço. Para os anunciantes, ela é sobre atenção. Atenção conquistada, roubada ou desviada.
O case Casas Bahia x Magalu foi apenas um exemplo de como a disputa de cliques pode corroer margens e confundir consumidores. Em 2025, essa dinâmica se amplificou com retail media, IA e a falta de regulação clara.
Se o varejo brasileiro quer jogar essa partida de forma sustentável, precisa tratar a proteção da mídia como ativo estratégico.
Na Click Alert, ajudamos anunciantes a enxergar além dos dashboards: monitorando concorrência, detectando fraudes e garantindo que cada clique conte de verdade.
Antes da Black Friday começar, vale a pergunta: você está preparado para proteger o investimento que vai sustentar o seu maior pico de vendas do ano?
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