Uber enfrenta perdas de mais de US$ 100 milhões com fraude publicitária digital.

Uber enfrenta perdas de mais de US$ 100 milhões com fraude publicitária digital.

Nem toda fraude vem de um hacker. Às vezes, ela vem de um dashboard com bons números. Foi assim que a Uber — sim, a Uber — perdeu mais de US$ 100 milhões em campanhas digitais.

Dinheiro que escorreu pelo ralo de tráfego inválido, cliques de bots e anúncios exibidos em lugares onde ninguém deveria estar anunciando.

Esse caso não é sobre um erro de mídia. É sobre o que acontece quando a gente confia demais nos relatórios. E confia de menos naquilo que está por trás deles.

O tráfego era grande. Só não era real.

A Uber, como qualquer grande anunciante, investia milhões por mês em mídia programática. Tinha parceiros, agências, plataformas, intermediários. E números bem bonitos nos relatórios.

Mas, quando olharam com mais calma, algo não fechava: a conversão caiu, o ROI despencou e o tráfego parecia correr para lugar nenhum.

Ao puxar o fio, descobriram o problema: grande parte dos cliques não vinha de pessoas reais. Eram bots. Scripts. Acessos duplicados. Sites de fake news. E uma lista imensa de canais que nem deveriam estar no plano.

O nome disso? Fraude em mídia paga. Também conhecida como “click fraud”.

O gráfico que revelou o golpe

Durante uma apresentação no evento Mobile Marketing Association Impact, Kevin Frisch — então Head de Aquisição da Uber — apresentou um dado revelador: a análise do tempo entre o clique e a instalação de aplicativos mostrava um comportamento anormal. Era o rastro digital da fraude.

A imagem abaixo mostra dois padrões:

Linha azul: distribuição esperada entre o clique no anúncio e a instalação do app.
Linha vermelha: distribuição suspeita, indicando um atraso incomum.

Que conclusão tiramos?

Muitos cliques não estavam realmente gerando a instalação — eles vinham antes, sem intenção real, apenas “se posicionando” para capturar uma instalação orgânica que ocorreria naturalmente.

Essa prática é conhecida como click spamming: uma fraude sutil, mas devastadora. O sistema registra o clique e depois tenta “tomar crédito” por instalações que aconteceriam de qualquer forma. Isso infla os números e faz você pagar por resultados que nunca vieram do anúncio.

Quando a fraude tem CNPJ e contrato assinado

Nada foi feito por acaso. A Uber descobriu que empresas contratadas para distribuir os anúncios redirecionavam a verba para canais duvidosos, inflavam os números e ainda cobravam como se tivessem feito um bom trabalho.

Pior: esse tipo de fraude é sofisticado. Ela contamina os dados, confunde o algoritmo e sabota sua performance sem levantar alarme nenhum.

Entre as práticas mais comuns:

  1. Cliques de bots simulando comportamento humano
  2. Impressões em sites irrelevantes, muitas vezes tóxicos
  3. Redirecionamento disfarçado para páginas que você jamais teria aprovado
  4. Tráfego duplicado ou de regiões completamente fora da curva.

    Você acha que está pagando por atenção. Mas, na verdade, está comprando fumaça.

E aí a Uber resolveu reagir

Depois de tanto dinheiro jogado fora a Uber não deixou barato. Processou os envolvidos. Ganhou. Mas já tinha perdido tempo, orçamento e paciência.

A partir daí, mudou o jogo:

Revisou contratos com exigências técnicas mais duras
Implementou ferramentas de prevenção de fraude, para rastrear cada clique
Criou protocolos internos de auditoria, cruzando dados e checando fontes em tempo real

E talvez a principal mudança: parou de confiar só no número. Começou a olhar o que há por trás dele.

E a sua empresa? Está olhando direito?

Porque se até a Uber — com toda sua estrutura, budget e equipe — caiu nessa, imagina quantas empresas menores estão sangrando agora mesmo sem nem perceber.

Você pode estar sendo vítima de:

• Tráfego inválido que engana o algoritmo
• Cliques maliciosos que esgotam seu orçamento
• Campanhas sendo exibidas onde você nem imagina
• Bots que inflacionam seus relatórios e distorcem a realidade

E o pior: enquanto tudo isso acontece, você continua achando que a mídia “tá funcionando, só precisa ajustar o criativo”.

Mas então como saber se o tráfego é falso?

Aqui vão alguns sinais que merecem atenção:

  • Pico de cliques sem aumento de conversão
  • Bounce rate nas alturas e tempo de navegação perto de zero
  • IPs repetidos ou acessos de lugares esquisitos
  • Relatórios que parecem bons, mas seu time de vendas jura que ninguém apareceu

    Se você não tem uma ferramenta para detectar bots, está voando no escuro.

O que fazer (agora, não depois)

  • Implante uma ferramenta de auditoria séria — como a Click Alert
  • Use UTMs bem pensadas para rastrear cada origem
  • Bloqueie IPs suspeitos e revise a origem dos acessos
  • Evite promessas milagrosas de “tráfego fácil”
  • Ensine seu time a identificar sinais de click fraud

E o mais importante: não ache que só porque o número está subindo, o resultado vem junto.


Conclusão: tráfego bonito, prejuízo feio

O caso da Uber não é exceção. É só o mais escancarado.

A fraude em mídia paga é um negócio. E enquanto você hesita, tem gente lucrando em cima do seu investimento, sem entregar absolutamente nada.

Se o tráfego parece bom demais para ser verdade… talvez ele seja.

Quer saber se estão te enganando também?

Fale com a Click Alert clicando aqui, peça um diagnóstico gratuito e veja o que seus relatórios estão escondendo.

Porque dinheiro você recupera. Mas tempo, dados e reputação… esses, não voltam fácil.

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